Mês passado (fevereiro) aconteceu a Bienal da Une e também a da Upe que eu tive a felicidade de comparecer, a bienal da Upe foi em Curitiba e o alojamento era lindo, com muitas araucárias. Conheci o casarão da Upe que tem uma arquitetura linda e é um prédio histórico, construido em 1919. Além disso tiveram oficinas, apresentações culturais e a interação entre os estudantes, aprendi a fazer um caderninho lindo que se quiserem faço um tutorial. ;)
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casarão da Upe |
A Bienal da Une foi logo em seguida e aconteceu na cidade maravilhosa. Houveram também muitas oficinas e shows de músicos como Pitty e Criolo abertos e de graça na Lapa.
Enquanto estava na Lapa conversava com ammigos que chegaram no Rio de carona, me diziam como as pessoas eram boas, como era divertido e que eu deveria ir com eles. Meu problema (ou não) é que não sei dizer não pra esse tipo de convite e saí do Rio em rumo ao Paraná sem 1 real no bolso, iríamos (o Vinicius, os Rodrigos e eu) pelo litoral acampando e pegando carona.
A primeira cidade litorânea em que paramos e fincamos moradia era Conceição do Jacareí no estado do Rio, a paisagem era linda, com morros e mar calmo sem ondas. Nossa barraca era médio difícil acesso por conta de várias pedras que tínhamos que passar mas tinha uma vista linda do mar e das árvores. Nosso jantar foi miojo preparado na lata de pêssego numa fogueira acesa por mim e pelo Vinicius, comemos em fundos de garrafas PET com
hashis de galhos de árvores.
Vomitei 5 vezes depois disso. Mas ao meio dia já estava me sentindo bem novamente.
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Eu, o Vinicius e o Rodrigo em Conceição do Jacareí |
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O amanhecer em Conceição |
Nosso próximo destino foi Paraty, uma cidade histórica que foi construída para ser a cidade de verão da família imperial no Brasil. A cidade tem uma arquitetura linda, chão ainda de pedras, carruagem com guia e bares cheios de gringos (que não estão só nos bares).
Conhecemos a Mercí, uma mulher pescadora muito divertida e que nos disse pretender escrever um livro contando tudo que ela sabe. Ela nos disse que tinha um barco e pedimos pra conhecer, ela nos levou. Perguntamos se era longe e ela não sabia porque "não era boa com os números", quando chegamos no cais tínhamos que atravessar de canoa até o barco. O Rodrigo perguntou se ela sabia a profundidade de onde estávamos e ela nos respondeu que "não guarda números na cabeça", kkk ela era um ser humano incrível e bem de humanas.
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Eu e o Rodrigo na canoa em Paraty |
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Casa da Cultura de Paraty |
De Paraty seguimos pelo litoral de SP, passamos em Ubatuba, dormimos em Itanhaém com seu mar aconchegante, tomamos banho de água doce numa cachoeira linda e enfim Curitiba e então Maringá.
Eu nunca tinha sentido tanta saudade de casa, das pessoas, da minha cama, chuveiro e almoço e janta me esperando na hora marcada todos os dias, desse clima meio nublado que estava o sul e que achei incrível pela primeira vez. Dessa viagem nasceu a vontade de fazer mais viagens assim e a certeza de que é possível viajar gastando pouco. Quanto mais conheço o Brasil mais me sinto brasileira, somos o mesmo povo em todos os cantos, se reconhecendo como tal. Além das paisagens belíssimas e riqueza natural. Acredito que vou sentir o mesmo conhecendo a América Latina e quero fazer isto acontecer depressa.
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Cachoreira no Litoral de SP |