terça-feira, 30 de junho de 2015

Primeiros dias em Montevideo

A primeira vez que falei espanhol na vida foi dentro de um ônibus, indo de Balneário Camboriú até Montevidéu. Tudo o que eu sabia tinha aprendido em cursos online e nos aplicativos de celular, tipo Duolingo. Apesar disso (ou por isso, ou talvez por nenhum dos dois), os dias desde que cruzei a fronteira têm sido maravilhosos. Senti uma felicidade gigante por estar vivendo algo que imaginei e sonhei por meses.

Escrevo quase sem conseguir me concentrar porque estou ouvindo Novos Baianos e só penso no Brasil, em caipirinha e pão de queijo. Mas aí lembro das casinhas antigas, dos museus, das feiras… e me apaixono de novo pelo paisito.



A primeira compra que fiz sozinha foi numa conveniência de posto: um alfajor e uma Coca-Cola. Eu não entendia quanto tinha dado, não entendia o que o atendente dizia, mas ele sorria, eu também, e deu tudo certo. Os uruguaios (ou uruguaxos, como brinco) são muito simpáticos e sempre tentam falar português ou entender o portunhol, hahah.

A cidade é linda. A arquitetura de todos os bairros que conheci é magnífica: muitos prédios de tijolo à vista, construções históricas, até castelos no caminho do trabalho. Parece que aqui prezam muito pela beleza, e isso era algo que eu sentia falta na cidade onde morava. Tem praça em todo canto, estátuas de tudo quanto é coisa — chineses, cavalos, Madame Curie… É engraçado porque as estátuas também viram ponto de referência: “estou perto da estátua do Gandhi”, “não sei onde é, já passou pela do Santos Dumont?”.

E os museus? Não são poucos. Tem de arte contemporânea, de arte clássica, de artes decorativas, até o museu pedagógico. Todos surpreendem.

E assim eu vou: aprendendo a hablar, conhecendo pessoas e lugares e me sentindo cada vez mais em casa.

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